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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Renda-se ao novo

É preciso amar


O fechar de cortinas já aconteceu. Agora iniciamos um novo espetáculo. As cortinas se abrem para o novo ano. Todos nós somos convidados como atores desta encenação, que para muitos, tem 365 dias. 
Ao nos prepararmos para o novo espetáculo, devemos entender que o ensaio é um exercício fundamental. Mas, sem nos prepararmos, muitas vezes nos deixamos levar pela horda de más intenções e pessimismos, cujas influencias nos manipulam. 

Entramos no inicio do ato, só pensando e querendo os aplausos. O que é esse desejo, se não a fugacidade do ego inflado? Quantos de nós vivemos um engano? Ainda saboreamos os festejos natalinos e do Reveillon. Só nestas ocasiões pensamos que não precisamos olhar só para nossos umbigos, mas para a necessidade do outro. Ignoramos que o outro precisa de nós todos os dias do ano que acaba de iniciar.

Vivemos numa sociedade de consumo, de necessidades materiais, competição. Achamos que somos reis, mas moramos em tonéis de vícios. Ou, vivemos enjaulados em arranha-céus, fugindo do convívio, tendo medo das ruas, do outro e, tendo na própria mente as correntes que nos aprisionam. Quantos de nós somos pobres na riqueza e mortos na vida?

A Terra gira em torno dela mesma e, o homem em torno de sua hipocrisia. Esquecemos que envelhecemos e vivemos como se fossemos eternos. É imperativo fazer-nos espíritos inquietos, cuja alma se eleve na dinâmica do viver.

É preciso amar! Amar acima de tudo e, no amor não nos iludirmos, pois no amor também há censura. E mesmo no amor a alma adoece. Todavia, é preciso amar, enfrentar a mediocridade e ir além... Buscar no amor a doçura dos encontros, das trocas, do convívio. É preciso amar, não como homem, mas como ser humano.  

Ao ser humano é possível reinventar, é possível mudar. E efetivamente mudamos, não somos hoje o que fomos ontem, em essência e em matéria, pois nossas células se renovam diariamente.

Nesta abertura de ato, é necessário resgatar o entusiasmo, viver e respirar a nós mesmos. Sairmos do casulo e andar pelas ruas, abrirmos a mente para o novo, rompendo as amarras que nos atrelam ao cárcere do medo, da violência, da hipocrisia, da mediocridade, do perverso.

O ano começa, a cortina se abre. Temos a nossa frente um novo ato, e nele poderemos ir além, levando no coração todo o aprendizado do percurso. Em essência: “o amor”!


Bernadéte Costa
Escrito 28 de dezembro de 2015.
Artigo publicado no jornaç A Notícia em 13 de janeiro de 2016.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Dia do Escritor

Escultores de palavras

Por Bernadéte Schatz Costa

Escrevo para felicitar os artistas das letras, os jovens criativos, os veteranos amantes da literatura. Escrevo para homenagear todos os escritores - os escultores de palavras! Sintam-se lembrados aqueles que fazem da leitura um hábito e nela se alicerçam para multiplicar, numa ação progressiva, a escrita.

Diz-se que a escrita é um ato solitário, assim como a leitura, mas ambas se completam, como o sol e a lua. Em analogia, podemos dizer que de dia o escritor luta ao sol para mostrar suas obras e, no silêncio da noite, à luz da lua, deixa sobre o papel as elucubrações diárias. Neste ciclo, se apropria da leitura e da escrita, para içar seus sentimentos e inspirações.

O ofício de escrever, que nasce solitário, torna-se forte quando escritores juntam-se em Academias, Confrarias e Associações. Como gravetos que amarados em feixe são inquebráveis, estes três movimentos literários ligam pessoas a mesma causa tornando possível revolucionar, em Joinville, a área literária.

A união dos 60 escritores integrantes da Associação das Letras, que iniciou sua atividade em 18 de maio de 2012, faz com que a literatura, em Joinville, ganhe força possibilitando a execução de projetos e ações de fomento artístico-cultural à leitura e ao livro. Esta ideia agora se agiganta, rompe fronteiras conquista membros de outras cidades e estados.

Um exemplo positivo de trabalho conjunto aconteceu em 1960, após o I Festival do Escritor Brasileiro promovido pela União Brasileira de Escritores – UBE, com a criação do Dia Nacional do Escritor – em 25 de julho, para celebrar a relevância do profissional das letras.

Após quase 55 anos desta iniciativa, formulou-se o Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL. Neste percurso, necessitamos incluir os que ainda não alcançam a palavra escrita.

Escritores, muitos são os desafios a ser superados, até chegarmos à clareira da contemporaneidade, para que, novas políticas de incentivo à escrita e produção textual/literária sejam concretizadas.

O caminho é longo e sendo a caminhada lenta, insistiremos na arte de escrever contos, crônicas, romances e poemas.


Parabéns aos escultores de palavras!

Fonte: Jornal A Notícia (edição 25 e 26 de julho 2015 - Opinião 7


quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Sobre Escritores

Do que vivem os escritores?

Pesquisa informal mostra que uma minoria se sustenta com a venda de livros, embora a maioria ganhe com atividades ligadas à escrita


SANTIAGO NAZARIAN – Especial para  o Jornal A FOLHA (14 de dezembro 2014)

Do que você vive? É a pergunta que todo autor ouve com frequência. Eu mesmo, nos malabarismos das contas do mês, sempre me pergunto como meus colegas conseguem se sustentar num país em que se lê tão pouco.
Como padrão internacional, para cada livro vendido o autor recebe em média 10% do preço de capa. O restante é dividido entre editora (que arca com custos de edição, publicação, promoção), distribuidora e livraria.
Considerando que a tiragem média de edição de literatura contemporânea no Brasil é de 3.000 exemplares, um autor com um livro a R$ 35 que, numa projeção otimista, consiga vender essa quantidade em dois anos ganharia R$ 5.250 por ano, menos de R$ 500 por mês.
Apesar disso, a multiplicação de eventos literários --a participação num debate paga em média R$ 2.000-- e alternativas de escrita abertas pela internet, pela TV e pelo cinema têm possibilitado a autores "estabelecidos" viver da escrita, embora não da venda de livros.
"Nunca houve tanto interesse em autores, mais do que em livros", diz Andrea del Fuego, 39, autora de "Os Malaquias", que em 2014 teve como principal fonte de renda as oficinas literárias.
Numa pesquisa informal com 50 autores de diversos perfis e estágios na carreira, obtive dados sintomáticos das formas de sobrevivência de escritores no Brasil. Os autores responderam a questões como "qual sua maior fonte de renda" e "o quanto a venda de livros representa da sua renda" --muitos sob a condição de que seus dados individuais não fossem divulgados.

Vendas
Só quatro dos 50 escritores, três deles no campo da literatura juvenil/de entretenimento, apontaram a venda de livros como principal componente de sua renda.
Tammy Luciano é uma autora desse perfil, que levanta a bandeira da literatura comercial; seu romance "Claro que Te Amo!" vendeu 10 mil cópias em 45 dias. "O jovem consome muito. O livro para esse público pode ser vendido em larga escala", diz.
No geral, as principais fontes de renda decorrem de atividades relacionadas à escrita, como dar aulas ou palestras, realizar oficinas literárias, traduzir livros, trabalhar com jornalismo e criar roteiros de cinema e televisão.
O gaúcho Paulo Scott, 48, lança em abril, pela Foz, seu próximo romance, "O Ano que Vivi de Literatura", no qual aborda essa realidade.
"É uma abordagem ficcional que acabou envolvendo o quadro escrever um livro' que, caso repercuta, levará o autor a ser convidado a eventos literários, indicado a premiações, adaptado para o cinema e o teatro", discorre.
Apenas 11 dos 50 entrevistados disseram ter profissão sem relação com atividade artística e, desses, dez apontaram essa outra ocupação como principal fonte de renda.
"Não ter de cumprir expediente faz diferença para quem precisa de tempo, ou ao menos administrar o tempo com mais liberdade," diz Michel Laub, 41, que teve como maior fonte de renda em 2014 as vendas de direitos de seus livros para o exterior.

Outros Tempos
O escritor que cumpre expediente como funcionário público --ocupação, em outros tempos, de nomes como Machado de Assis e Lima Barreto-- já não parece comum.
Apenas três dos consultados fazem ou fizeram parte desse grupo. É o caso de Marcos Peres, 30, autor de "O Evangelho Segundo Hitler" e técnico judiciário do Tribunal de Justiça do Paraná. "É burocrático, nada glamoroso, mas necessário", diz.
Dos autores pesquisados, a maioria considera a situação do autor brasileiro hoje melhor que há 20 anos.
The hard lesson - William Adolphe Bouguereau

"Naquele tempo não havia escritor profissional' (com as exceções de sempre), coisa comum hoje em dia. Muita gente vive da escrita hoje. O escritor não precisa mais se submeter a um emprego fora da sua área", diz Ivana Arruda Leite, 63, que estreou na literatura em 1997 e se dividiu entre a escrita e o funcionalismo público até 2013, quando se aposentou.
Alguns autores não souberam opinar. Só Ricardo Ramos Filho, 60, escritor e cronista, neto de Graciliano Ramos, apontou a situação hoje como pior: "Embora o governo compre mais hoje, no geral as edições diminuíram em volume. Houve época em que era comum imprimir 5.000 livros numa primeira edição. Proporcionalmente, estamos lendo menos."
Nesse cenário, discussões recentes como a envolvendo a lei do preço fixo para livros (que impossibilitaria grandes redes de dar descontos nos lançamentos, protegendo assim as pequenas livrarias) é uma questão mais para editoras e livreiros do que para os autores; a maioria dos pesquisados afirmou não ter ainda uma opinião formada.
"Ganhar dinheiro" com literatura não chega a ser ambição confessa nem de metade dos entrevistados --20 deles marcaram a alternativa, entre diversas opções listadas. Menos ainda "vender muito", com 15 respostas. 
As opções mais citadas foram "fazer boa literatura", "contar uma história" e "ser lido".
Bem ou mal, das mais diversas formas, os autores sobrevivem. A questão parece ser como reproduzir leitores. Que as vendas mais expressivas se deem principalmente para as novas gerações talvez seja motivo de esperança na existência de um mercado para a literatura nacional.

SANTIAGO NAZARIAN é escritor, autor de "Biofobia" (Record), entre outros, mas vive principalmente de tradução.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada/201738-do-que-vivem-os-escritores.shtml

domingo, 14 de dezembro de 2014

Ilustrações - Um trabalho da imaginação

O escritor e ilustrador André Neves
Fala de personagens - formas e cores nas asas da imaginação



A revista "Printer", número 2, do mês de julho de 2014, traz uma entrevista com André Neves, premiado Escritor e Ilustrador.

Hoje a literatura infantil, não produz mais livros com desenhos que identifiquem ou descrevam cenários. As ilustrações não são mais mera decoração para as páginas. Segundo a matéria da Revista Printer - "... é preciso que exista uma coreografia perfeita entre palavras e ilustrações".


As características de uma boa ilustração

Perguntado sobre o tema, Andre Neves diz que uma boa ilustração é aquela que conta uma boa história com uma narrativa surpreendente e cativante. Plasticamente, segundo ele, não precisa ser necessariamente virtuosa, técnica, impressionante. 




Na entrevista André complementa dizendo que no caso dos livros para infância, é preciso de imaginação e afeto, para conquistar leitores de todos as idades. Até porque livros infantis também são para adultos. Nos últimos anos ele tem percebido que não cria mais obras para crianças, mas sim para a infância de todos nós leitores. 




Acesse a Revista Printer e leia a matéria completa

domingo, 1 de junho de 2014

A arte das cores

Livro das cores

Quem inventou as cores? Certamente não foi a Pantone que lançou aconhecida a tabela de cores em 1963. Pois, em 1692, um artista holandês conhecido apenas como “A. Boogert” escreveu um livro sobre a mistura de cores com aquarelas. O livro é inteiramente manuscrito, um belíssimo e fantástico trabalho artístico elaborado artesanalmente.




O livro inteiro pode acessado em alta resolução neste link Atualmente, o livro faz parte do acervo da Bibliothèque Méjanes em Aix-en-Provence, França.

sábado, 29 de março de 2014

Movimento literário em Joinville

Associação Confraria das Letras movimenta o cenário literário de Joinville



A literatura de Joinville está movimentada, hoje (29 de março de 2014) aconteceu o lançamento da 5a. Miniantologia, que contém poesias, contos e crônicas de autores da Associação.


Capa da 5a. Miniantologia criada por Valério Mattos
Os escritores  de Joinville e região que fazem parte da obra são: Eliana de Quadra Corrêa, Milton Maciel, Sílvio Vieira, Juliano R. Maciel, Odenildes Martins, Márcia Cordeiro, Carlos Adauto Vieira, Vivaldo Bordin, Bernadéte Schatz Costa, Alceu Vital Lopes, Evelin Katiane Izauro, Maria Rosa Coutinho, Rita de Cássia Alves, Giane Maria de Souza, Maria de Fátima Joaquim, Nilza Helena Vilhena, Marlete Cardoso, David Gonçalves, Donald Malschitzky, José Fernandes.





Alguns dos escritores que fazem parte da 5a. Miniantologia

Presidente da Associação Confraria das Letras, David Gonçalves e Margit Olsen, Realações Institucionais da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil 
A Associação Confraria das Letras nasceu no dia 18 de maio de 2012, com o objetivo de ser o braço jurídico da Confraria do Escritor. É presidida por David Gonçalves e, realiza reuniões mensais, quando são discutidos assuntos relacionados a políticas culturais e projetos na área do livro, literatura e leitura. Com atividade intensa, desde sua fundação, a Associação já publicou quatro volumes da compilação (miniantologia) intitulada “Letras da Confraria”, material produzido de forma independente que reúne, a cada edição, textos de escritores associados. A produção que apresenta contos, crônicas e poesias é distribuída às escolas e à comunidade com o objetivo de aproximar leitores e escritores para promover o gosto pela literatura.
Em novembro de 2013, a Associação Confraria das Letras realizou o 10. Encontro Catarinense de Escritores, quando recebeu escritores de o todo Estado de Santa Catarina. 


Matéria veiculada no jornal Notícias do Dia, de 28 de março de 2014


domingo, 9 de março de 2014

Sobre Escritores

... e suas escritas...

Abaixo compartilho depoimento que Juliano Garcia Pessanha deu para a Revista E - uma publicação do SESC São Paulo. 
Para conhecer a publicação com seu conteúdo na íntegra acesse: http://www.sescsp.org.br/

Fulguração da palavra

Revista E
O ensaísta e escritor é elogiado pela sua escrita instigante e sem limites de gêneros, mas diz não acreditar cegamente na divisão estabelecida por tais categorias literárias

Juliano Garcia Pessanha estudou Direito e Filosofia, e é mestre em Psicologia. O autor já dirigiu oficinas de escrita em hospitais psiquiátricos, trabalhando voluntariamente durante cinco anos em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps). O seu interesse principal era encontrar filiações, famílias literárias e autores que conversassem com as questões pessoais dos participantes.



Contudo, mesmo com todo o respaldo acadêmico, o escritor menciona que em seu livro, Certeza do Agora (Ateliê Editorial, 2002), sua intenção não era abordar as relações entre literatura e filosofia, mas corporificar um autorreconhecimento. “Quando me utilizo de filósofos me interessa mais a experiência subjacente àquele pensamento do que a sua armação conceitual”, enfatiza.
Acompanhe o depoimento de Juliano à Revista E.
Transitando entre os gêneros

Meus três primeiros livros nasceram de diários, nos quais estava tudo misturado. Eu escrevia os diários desde 1983 e, em 1996, uma amiga, olhando-os, me disse: “Veja, essa passagem é um poema em prosa, vamos mandar para um concurso nesse gênero. Essa história interrompida, se você colocar um fim, vira um conto; vamos mandar para um concurso de contos”. E foi assim que ganhei o concurso Nascente [em 1999, promovido pela Universidade de São Paulo e pela Editora Abril], nas categorias poesia e conto sem nunca ter me proposto a ser poeta ou contista. Essa história mostra por que não creio tanto nessas categorias.

Nesses diários, eu relatava experiências na mesma medida em que refletia sobre elas a partir de um repertório filosófico. Em geral, ruminava a experiência de existir numa identidade negativa ou num self negativo, como digo hoje. A perplexidade e a dor de existir dessa maneira levaram-me a um diálogo com outros testemunhos dessa mesma posição. Muitos desses autores eram filósofos e pensadores como Martin Heidegger (1889-1976), Maurice Blanchot (1907-2003), Emil Cioran (1911-1995), ou Georges Bataille (1897-1962), por exemplo. Nesse sentido meus livros já são uma crítica deles mesmos, pois eu próprio explicitava o sentido dos relatos. Nas palavras do escritor Evandro Affonso Ferreira, eu era simultaneamente passarinho e ornitólogo.

Em Certeza do Agora (Ateliê Editorial, 2002), não diria que abordo as relações entre criação literária e filosofia, pois sempre utilizei o que estava à mão indistintamente. O que eu queria era corporificar um autorreconhecimento. Não estou preocupado com as discussões de Paul Ricoeur (1913- 2005) e Heidegger sobre as fronteiras entre essas áreas. Eu agi mais como um saqueador antropofágico e não como erudito acadêmico.

Jamais me preocupei com o leitor. Escrevi o que era necessário escrever. Acho indiferente que o leitor tenha ou não feito leituras acadêmicas antes de conhecer minha obra, pois quando me utilizo de filósofos me interessa mais a experiência subjacente àquele pensamento do que a sua armação conceitual. Dialogo com os filósofos mais pelo amigamento da posição do que pelo domínio acadêmico da arquitetura exterior do pensamento.
A crise do experimentar

A palavra como ornamento ou pura técnica já nasce esvanecida, mas acredito na palavra que nasce banhada no experimentado. Escrevi a partir da crise total da experiência e exatamente na busca de um dizer do que restava diante de tudo o que já estava dito. Minha escrita é testemunha do parto de um corpo antes silenciado. Relato de uma vinda. Quando a palavra atinge seu ponto de fulguração ela não concorre com nada.

Não acredito que as oficinas literárias oferecidas hoje em dia formem um escritor. O surgimento de um escritor é misterioso, mas, de alguma maneira, elas podem estimular uma vocação e ser um espaço de troca de experiências de escrita.

Não acho que existam diferenças práticas ou emocionais em se dedicar a uma trilogia, como eu fiz em Sabedoria do Nunca (1999),Ignorância do Sempre (2000) e Certeza do Agora (2002 – todos pela Ateliê Editorial), em vez de a uma obra que se encerra em um único volume. E não tenho uma disciplina diária de escrita. Espero lentos períodos para saber se estou mesmo sendo escrito por alguma coisa. Só então posso escrever.

Há temáticas que sempre penso, mas ainda não desenvolvi em um livro. Um dia pretendo escrever sobre a questão do feminino e a morte de minha mãe.

“Não tenho uma disciplina diária de escrita. Espero lentos períodos para saber se estou mesmo sendo escrito por alguma coisa. Só então posso escrever”

domingo, 1 de setembro de 2013

Processo Criativo


Um mergulho na criação...
http://www.giostrieditora.com.br/livraria/


Uma possibilidade de organizar as ideias é o silêncio, a ausência de som, o mergulho profundo no mundo do nada, do vazio. É quando cada criador volta-se a si mesmo, ao seu universo, às suas sensações, percepções, reflexões sobre o todo da vida e das coisas da vida. O ócio, o esvaziamento, isso tudo é a base senão o alicerce maior para a criação e, fundamentalmente, para a organização das ideias e das histórias. E não só isso, mas a capacidade de compreensão de cada um, a maturidade de viver a vida e as situações terríveis que a vida nos impõe, a paciência em compreender que o mundo das palavras é praticamente um poço sem fundo e que cada mergulho dará margem a mais um novo mergulho, muitas vezes sem volta e de modo solitário.  (pag. 88 do Livro do Pensamento para o Papel – Alex Giostri)

Fonte da foto: http://recortesdeviagens.blogspot.com.br/

domingo, 25 de agosto de 2013

O Poeta Simbolista


Cronologia da Vida do Poeta Catarinense Cruz e Sousa


1861
Nascimento do poeta em 24 de novembro, Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis. Filho do escravo mestre-pedreiro Guilherme e da escrava liberta, Carolina Eva da Conceição, negros puros.
1869
Ingresso na escola pública, depois de receber as primeiras letras de dona Clarinda Fagundes de Souza, mulher do marechal Ghilherme Xavier de Sousa, em cuja casa o poeta foi criado.
1871
Matrícula no Ateneu Providencial Catarinense, onde lecionava o alemão Fritz Müller. Cruz e Sousa estudou com distinção grego, latim, inglês, francês, português, matemática e ciências naturais.
1881
Fundação, com Virgílio Várzea e Santos Lostada, do jornal literário "Colombo". Viagem ao Rio Grande do Sul, de navio, acompanhado a Companhia Dramática Julieta dos Santos, como ponto teatral.
1884
Nova viagem ao Norte do país. Aclamações abolicionista ao poeta na Bahia. Em 1885 publica o livro de poemas em prosa "Tropos e Fantasias" em parceria com Virgílio Várzea. Dirige o jornal "O Moleque".
1888
No Rio, entra em contato com Luís Delfino, B. Lopes e Nestor Vítor. Este tornar-se mais tarde grande amigo, admirador e editor do poeta. Leituras de Edgar Allan Poe e de alguns simbolistas europeus.
1888
Abolição da escravatura. Durante estada no Rio, apresenta a José do Patrocínio um livro de versos chamado "Cambiantes", que não chegou a ser publicado. O livro continha poemas abolicionistas.
1890
Muda-se definitivamente para a capital federal, onde trabalha como noticiarista da revista "A Cidade do Rio de Janeiro". Leitura de Mallarmé. Colabora na "Revista Ilustrada" e no jornal "Novidades".
1898
Faleceu aos 36 anos, em 19 de março de 1898, vítima da agravamento do quadro de tuberculose..

Ironia de Lágrimas
Junto da morte é que floresce a vida!
Andamos rindo junto a sepultura.
A boca aberta, escancarada, escura
Da cova é como flor apodrecida.
A Morte lembra a estranha Margarida
Do nosso corpo, Fausto sem ventura…
Ela anda em torno a toda criatura
Numa dança macabra indefinida.
Vem revestida em suas negras sedas
E a marteladas lúgubres e tredas
Das Ilusões o eterno esquife prega.
E adeus caminhos vãos mundos risonhos!
Lá vem a loba que devora os sonhos,
Faminta, absconsa, imponderada cega!

Dica de livro de Cruz e Sousa: 
Edição monumental de 150.000 exemplares, do Governo do Estado de Santa catarina, em comemoração aos 110 anos de falecimento e ao traslado dos restos mortais de Cruz e Sousa para Santa Catarina. (2008)

Fontes:

domingo, 11 de agosto de 2013

Mercado Literário

Tiragens iniciais gigantescas de livros indicam tendências de mercado e estratégia de vendas
Foto do Jornal A Notícia - Joinville - SC
Mais do que best-sellers, buscam-se agora os títulos capazes de romper a barreira de 1 milhão de exemplares vendidos


O lançamento de 1889, livro de Laurentino Gomes que sai este mês com tiragem inicial gigantesca para um volume sobre história do Brasil, ilustra o sistema de grandes apostas que move o mercado editorial brasileiro. Mais do que best-sellers, buscam-se agora os chamados mega-sellers – títulos capazes de romper a barreira de 1 milhão de exemplares vendidos.
Esse time seleto de candidatos a fenômeno comercial, integrado por um crescente número de autores nacionais, foi crucial para inflar as vendas de obras de caráter geral no ano passado e evitar a mesma queda sofrida pelos setores didático e religioso. Por esse motivo, são alvo de uma intensa disputa entre editoras em busca de um final feliz para seus lançamentos.

:: Saiba quais são os livros com maior tiragem no Brasil
Laurentino é um exemplo do esforço das editoras para atrair possíveis campeões de popularidade. O primeiro livro da série sobre história do Brasil, 1808, saiu pela Planeta, e o segundo, 1822, pela Nova Fronteira: juntos, já venderam mais de 1 milhão de exemplares. Sua nova obra será publicada pela Globo Livros, com tiragem inicial de 200 mil exemplares – a média nacional é 4,5 mil. Assim, é possível medir a expectativa da editora em relação ao título.
Como resultado da disputa por escritores bons de venda, o valor pago em adiantamento para firmar contrato com autores desse calibre disparou.
– Há cinco anos, pagava-se cerca de US$ 5 mil a um escritor de ponta. Hoje, chega a mais de US$ 50 mil – revela a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa.
Laurentino se junta no olimpo comercial a outros brasileiros como Padre Marcelo – que fez milagre ao vender mais de 8 milhões de exemplares de Ágape e largar com 500 mil de Kairós –, e Cristiane Cardoso, filha do bispo Edir Macedo, também ele integrante dessa elite com a biografia Nada a Perder. A nova geração nacional de mega-sellers, muitos deles ligados à fé, divide espaço com estrangeiros de apelo mundano como E.L.James (da série 50 Tons) e Dan Brown (de Inferno). Esse grupo sustenta o crescimento do filão literário a que pertence. Como mostra a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, o segmento geral vendeu 4,2% mais livros em 2012 do que em 2011, enquanto o didático caiu 10%, e o religioso,18% (setor que não inclui fenômenos como Padre Marcelo por escolha de classificação das editoras).
– Os megalançamentos, como esse do Laurentino, é que estão puxando o crescimento – analisa Karine.
Foto da página do Jornal Zero Hora - ver link abaixo
O consultor editorial Carlo Carrenho afirma que as tiragens iniciais gigantescas não refletem apenas uma expectativa, mas também uma estratégia de mercado. É como uma profecia que se autocumpre: as livrarias interpretam a impressão volumosa como garantia de que a editora vai investir pesado para divulgar e distribuir o livro. Assim, sentem-se seguras para comprar mais exemplares e vendem mais para o público.
– A primeira coisa que as livrarias perguntam é qual a tiragem inicial. Usam a informação para avaliar o tamanho da aposta naquele título – explica Carrenho, destacando que o estratagema não elimina o risco:
– O mercado de livros se parece realmente com um jogo. Nunca dá para garantir que vai vender bem.
As apostas, porém, estão em alta no Brasil.
Artigo de Marcelo Gonzatto
Fonte:


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Carlos Liscano em Joinville


Hoje o escritor uruguaio Carlos Liscano, visitou pela primeira vez, Joinville, a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e a decima edição da Feira do Livro de Joinville. O Carlos Liscano veio acompanhado do estudante de doutorado em Literatura da UFSC, Selomar Claudio Borges, que realiza seu trabalho de doutorado sobre as obras do escritor. “Parabenizo a Escola Bolshoi de Joinville, os seus diretores, professores, alunos e todas as pessoas que tornam possível que esta maravilha exista” depoimento deixado no livro ouro por Carlos Liscano, após a sua visita pela Escola Bolshoi. 
Carlos Liscano participa da Feira do Livro em Joinville e hoje, dia 08 de abril, realiza uma palestra gratuita sobre o tema "Ler em liberdade", às 19h, no Teatro Juarez Machado. O escritor também participa nesta quarta-feira, dia 10 de abril, de uma mesa-redonda sobre literatura e política em Florianópolis-SC. O evento é aberto, gratuito e começa às 16h no Auditório Henrique Fontes, na UFSC.

Sobre o escritor
Carlos Liscano nasceu em Montevidéu, em 1949, e começou a escrever no cárcere, onde passou mais de 13 anos como prisioneiro político durante a ditadura militar uruguaia. Seus primeiros livros foram publicados a partir de 1985, quando ele estava exilado na Suécia. Ex-vice-ministro de educação e atual diretor da Biblioteca Nacional do Uruguai, recebeu em novembro de 2012 a medalha da Legião de Honra e o Prêmio de Arte e Letras, uma das máximas condecorações na França, e tem mais de 15 livros publicados. 




Fontes
http://www.escolabolshoi.com.br/bolshoi/Portugues/lisNoticias.php
-  Jornal de Santa Catarina.
Na foto Selomar Claudio Borges, a assessora da direção geral da Escola Bolshoi que realizou a visita, Bernadéte Schatz Costa e o escritor uruguaio Carlos Liscano. Crédito Bruna Horvath.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Luiz Gonzaga - O Imaginário do Rei

Oportunamente visitei a exposição O Imaginário do Rei, em comemoração aos 100 anos de nascimento do grande Luiz Gonzaga, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Para quem tiver oportunidade, imperdível. Adorei!

Confira a letra de Asa Branca e outras fotos.


Asa BrancaPDFImprimirE-mail
(Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)

Quando oiei a terra ardendo
Qua fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, uai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse a deus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus oio
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração


sábado, 3 de novembro de 2012

Semana Nacional do Livro


Dia Nacional do Livro - 29 de outubro
Para fechar a semana nacional do livro uma dica especial, aproveitem para consultar uma bela biblioteca digital. Imaginem um lugar onde podemos gratuitamente:
·Ver as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci ; 
· escutar músicas em MP3 de alta qualidade; 
· Ler obras de Machado de Assis
 Ou a Divina Comédia; 
· ter acesso às melhores historinhas infantis e vídeos da TV ESCOLA 

O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso,basta acessar o site: http://www.dominiopublico.gov.br/   

Utilizem essa fantástica ferramenta de Disseminação da cultura e do gosto pela leitura.
Abaixo lista de links que caem direto nos livros.

É só clicar no título para  ler ou imprimir 
1. A Divina Comédia -Dante Alighieri 
2.
 A Comédia dos Erros -William Shakespeare 
3.
 Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa 
4.
 Dom Casmurro -Machado de Assis 
5.
 Cancioneiro -Fernando Pessoa 
6.
 Romeu e Julieta -William Shakespeare 
7.
 A Cartomante -Machado de Assis 
8.
 Mensagem -Fernando Pessoa 
9.
 A Carteira -Machado de Assis 
10.
 A Megera Domada -William Shakespeare 
11.
 A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare 

12.
 Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare 
13.
 O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa  
14. Dom Casmurro -Machado de Assis 
15..
 Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa 
16.
 Poesias Inéditas -Fernando Pessoa 
17.
 Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare 
18.
 A Carta -Pero Vaz de Caminha 
19.
 A Igreja do Diabo -Machado de Assis 
20.
 Macbeth -William Shakespeare 
21.
 Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago 
22.
 A Tempestade -William Shakespeare 
23.
 O pastor amoroso -Fernando Pessoa 
24.
 A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós 
25.
 Livro do Desassossego -Fernando Pessoa 
26. A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha 
27. O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa 
28. O Mercador de Veneza -William Shakespeare 
29.
 A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde 
30.
 Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare 
31.
 Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis 
32.
 A Mão e a Luva -Machado de Assis 
33.
 Arte Poética -Aristóteles 
34.
 Conto de Inverno -William Shakespeare 
35.
 Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare 
36.
 Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
37. Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões 
38.
 A Metamorfose -Franz Kafka 
39.
 A Cartomante -Machado de Assis 
40.
 Rei Lear -William Shakespeare 
41.
 A Causa Secreta -Machado de Assis 
42.
 Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa 
43.
 Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare 
44.
 Júlio César -William Shakespeare 
45.
 Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente 
46.
 Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa 
47.
 Cancioneiro -Fernando Pessoa 
48.
 Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional 
49.
 A Ela -Machado de Assis 
50.
 O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa 
51.
 Dom Casmurro -Machado de Assis 
52.
 A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho 
53.
 Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa 
54.
 Adão e Eva -Machado de Assis 
55.
 A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo 
56.
 A Chinela Turca -Machado de Assis 
57.
 As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare 
58.
 Poemas Selecionados -Florbela Espanca 
59.
 As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo 
60.
 Iracema -José de Alencar 
61.
 A Mão e a Luva -Machado de Assis 
62.
 Ricardo III -William Shakespeare 
63.
 O Alienista -Machado de Assis 
64.
 Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa 
65.
 A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne 
66.
 A Carteira -Machado de Assis 
67.
 Primeiro Fausto -Fernando Pessoa 
68.
 Senhora -José de Alencar 
69.
 A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães 
70.
 Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis 

71.
 A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca 
72.
 Sonetos -Luís Vaz de Camões 
73.
 Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos 
74. Fausto -Johann Wolfgang von Goethe 
75.
 Iracema -José de Alencar
76. Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa 
77.
 Os Maias -José Maria Eça de Queirós 
78.
 O Guarani -José de Alencar 
79.
 A Mulher de Preto -Machado de Assis 
80.
 A Desobediência Civil -Henry David Thoreau 
81.
 A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio 
82..
 A Pianista -Machado de Assis 
83.
 Poemas em Inglês -Fernando Pessoa 
84.
 A Igreja do Diabo -Machado de Assis 
85.
 A Herança -Machado de Assis 
86.
 A chave -Machado de Assis 
87.
 Eu -Augusto dos Anjos 
88.
 As Primaveras -Casimiro de Abreu 
89.
 A Desejada das Gentes -Machado de Assis 
90.
 Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa 
91.
 Quincas Borba -Machado de Assis 
92.
 A Segunda Vida -Machado de Assis 
93.
 Os Sertões -Euclides da Cunha 
94. Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa 
95.
 O Alienista -Machado de Assis 
96.
 Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra 
97.
 Medida Por Medida -William Shakespeare 
98.
 Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare 
99.
 A Alma do Lázaro -José de Alencar 
100.
 A Vida Eterna -Machado de Assis 
101.
 A Causa Secreta -Machado de Assis 
102.
 14 de Julho na Roça -Raul Pompéia 
103.
 Divina Comedia -Dante Alighieri 
104.
 O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós 
105.
 Coriolano -William Shakespeare 
106.
 Astúcias de Marido -Machado de Assis 
107.
 Senhora -José de Alencar 
108.
 Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente 
109.
 Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo 
110.
 Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis 
111.
 A 'Não-me-toques' ! -Artur Azevedo 
112.
 Os Maias -José Maria Eça de Queirós 
113.
 Obras Seletas -Rui Barbosa 
114.
 A Mão e a Luva -Machado de Assis 
115.
 Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco 
116.
 Aurora sem Dia -Machado de Assis 
117.
 Édipo-Rei -Sófocles 
118.
 O Abolicionismo -Joaquim Nabuco 
119.
 Pai Contra Mãe -Machado de Assis 
120.
 O Cortiço -Aluísio de Azevedo 
121.
 Tito Andrônico -William Shakespeare 
122.
 Adão e Eva -Machado de Assis 
123.
 Os Sertões -Euclides da Cunha 
124.
 Esaú e Jacó -Machado de Assis 
125.
 Don Quixote -Miguel de Cervantes 
126.
 Camões -Joaquim Nabuco 
127.
 Antes que Cases -Machado de Assis 
128.
 A melhor das noivas -Machado de Assis 
129.
 Livro de Mágoas -Florbela Espanca 
130.
 O Cortiço -Aluísio de Azevedo 
131.
 A Relíquia -José Maria Eça de Queirós 
132.
 Helena -Machado de Assis 
133.
 Contos -José Maria Eça de Queirós 
134.
 A Sereníssima República -Machado de Assis 
135.
 Iliada -Homero 
136.
 Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco 
137.
 A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco 
138.
 Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões 
139.
 Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage 
140.
 Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa 
141.
 Anedota Pecuniária -Machado de Assis 
142. A Carne -Júlio Ribeiro 
143.
 O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós 
144.
 Don Quijote -Miguel de Cervantes 
145.
 A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne 
146.
 A Semana -Machado de Assis 
147.
 A viúva Sobral -Machado de Assis 
148.
 A Princesa de Babilônia -Voltaire 
149.
 O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves 
150.
 Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional -Fundação Biblioteca Nacional 

151.
 Papéis Avulsos -Machado de Assis 
152.
 Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos 
153.
 Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós 
154.
 O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós 
155.
 Anedota do Cabriolet -Machado de Assis 
156.
 Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias 
157.
 A Desejada das Gentes -Machado de Assis 
158.
 A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho 
159.
 Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra 
160.
 Almas Agradecidas -Machado de Assis 
161.
 Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós 
162.
 Contos Fluminenses -Machado de Assis 
163.
 Odisséia -Homero 
164.
 Quincas Borba -Machado de Assis 
165.
 A Mulher de Preto -Machado de Assis 
166.
 Balas de Estalo -Machado de Assis 
167.
 A Senhora do Galvão -Machado de Assis 
168.
 O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós 
169.
 A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis 

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