“Sonhar, Escrever e Viver” busca na observação das pequenas coisas elementos essenciais para nossa existência.
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domingo, 8 de maio de 2016
segunda-feira, 21 de março de 2016
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Dia do Leitor
A leitura...
A leitura não deveria ser feita por hábito, mas sim por prazer, encantamento e curiosidade. O hábito é uma ação automática, a leitura por prazer nos leva a busca crítica de respostas.
* "E a cada leitor cabe intrinsecamente a transformação da lógica, do conteúdo, da razão de ser da obra em si. Conhecendo e aprendendo, o indivíduo através da decifração da escrita amplia horizontes consideravelmente, assim como adiciona possibilidades a um texto".
![]() |
Click Aqui |
Fontes:
*http://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/462/579
- Livro A dança que Encanta Criança http://migre.me/sCSMl
terça-feira, 27 de outubro de 2015
LITERATURA EM PAUTA
Letras Associadas
A Associação das Letras Lança mais um volume da Série Miniantologias Letras Associadas.Está imperdível a programação do lançamento do livro de bolso Letras Associadas 2.
O encontro com os 25 escritores participantes será no Instituto Juarez Machado, e será marcado com um gostoso Sarau, acompanhado pelo músico Ananias Almeida. Juntos comemoraremos também o dia do livro - 29 de outubro.
terça-feira, 28 de julho de 2015
Dia do Escritor
Escultores de palavras
Por Bernadéte Schatz Costa
Escrevo para felicitar os
artistas das letras, os jovens criativos, os veteranos amantes da literatura.
Escrevo para homenagear todos os escritores - os escultores de palavras! Sintam-se
lembrados aqueles que fazem da leitura um hábito e nela se alicerçam para
multiplicar, numa ação progressiva, a escrita.
Diz-se que a escrita é um ato
solitário, assim como a leitura, mas ambas se completam, como o sol e a lua. Em
analogia, podemos dizer que de dia o escritor luta ao sol para mostrar suas
obras e, no silêncio da noite, à luz da lua, deixa sobre o papel as
elucubrações diárias. Neste ciclo, se apropria da leitura e da escrita, para
içar seus sentimentos e inspirações.
O ofício de escrever, que nasce
solitário, torna-se forte quando escritores juntam-se em Academias, Confrarias
e Associações. Como gravetos que amarados em feixe são inquebráveis, estes três
movimentos literários ligam pessoas a mesma causa tornando possível
revolucionar, em Joinville, a área literária.
A união dos 60 escritores
integrantes da Associação das Letras, que iniciou sua atividade em 18 de maio
de 2012, faz com que a literatura, em Joinville, ganhe força possibilitando a
execução de projetos e ações de fomento artístico-cultural à leitura e ao
livro. Esta ideia agora se agiganta, rompe fronteiras conquista membros de
outras cidades e estados.
Um exemplo positivo de trabalho
conjunto aconteceu em 1960, após o I Festival do Escritor Brasileiro promovido
pela União Brasileira de Escritores – UBE, com a criação do Dia Nacional do Escritor
– em 25 de julho, para celebrar a relevância do profissional das letras.
Após quase 55 anos desta
iniciativa, formulou-se o Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL. Neste
percurso, necessitamos incluir os que ainda não alcançam a palavra escrita.
Escritores, muitos são os
desafios a ser superados, até chegarmos à clareira da contemporaneidade, para
que, novas políticas de incentivo à escrita e produção textual/literária sejam
concretizadas.
O caminho é longo e sendo a caminhada
lenta, insistiremos na arte de escrever contos, crônicas, romances e poemas.
Parabéns aos escultores de
palavras!
Fonte: Jornal A Notícia (edição 25 e 26 de julho 2015 - Opinião 7
sábado, 9 de maio de 2015
sexta-feira, 17 de abril de 2015
Dia nacional do livro infantil
Contando histórias para crianças
O dia 18 de abril é comemorado o dia nacional do livro infantil. A data foi escolhida como uma homenagem a Monteiro Lobato, escritor brasileiro com vários títulos dedicados às crianças.
Na atualidade muitos escritores atuam como incentivadores da leitura quando criam lindas histórias para o público infantil.
Registro minha homenagem a todas as Escolas que incentivam seus alunos à prática da leitura. Parabéns Escola Pastor Hans Müller e seus professores pela iniciativa. Abaixo fotos da minha vista a este espaço encantador.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
domingo, 20 de outubro de 2013
Poeta
Parabéns por seu dia!

"O verdadeiro poeta faz poesia com as coisas mais simples e corriqueiras deste e dos outros mundos."
"Não é o leitor que descobre o poeta, mas o poeta que descobre o leitor e o revela a si mesmo."
quarta-feira, 17 de abril de 2013
Dia nacional do livro infantil
Incentivando a leitura...
A motivação da leitura inicia na infância. A instituição do dia nacional do livro infantil, que é comemorado no dia 18 de abril, em homenagem a Monteiro Lobato, reitera a necessidade de instigar a leitura desde a tenra idade. Desta forma, estaremos oportunizando as crianças a conhecer um mundo encantado, onde elas se encontrarão com a imaginação e a criatividade.
Fonte da ilustração:
http://cultura.culturamix.com/curiosidades/como-incentivar-a-leitura-entre-criancas
A motivação da leitura inicia na infância. A instituição do dia nacional do livro infantil, que é comemorado no dia 18 de abril, em homenagem a Monteiro Lobato, reitera a necessidade de instigar a leitura desde a tenra idade. Desta forma, estaremos oportunizando as crianças a conhecer um mundo encantado, onde elas se encontrarão com a imaginação e a criatividade.
Fonte da ilustração:
http://cultura.culturamix.com/curiosidades/como-incentivar-a-leitura-entre-criancas
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Crianças e livros
Dia Internacional do Livro Infantil!
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Figura 1 |
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Figura 2 |
Hans Christian Andersen ficou famoso por escrever histórias que encantam até hoje, entre elas O soldadinho de Chumbo, O patinho feio, A roupa nova do imperador, A pequena sereia; esses são alguns títulos dentre os 156 que escreveu para o público infanto-juvenil.
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Figura 3 |
Anualmente, a International Board on Books for Young People (IBBY) oferece a Medalha Hans Christian Andersen para os maiores nomes da literatura infanto-juvenil. A primeira representante brasileira a ganhá-la foi Lygia Bojunga, em 1982.
Figura 4
Fontes das figuras:
Figura 1: http://www.ibby.org/index.php?id=813
Figura 2: http://ouvrezlaporteducdi.blogspot.com.br/2011_02_01_archive.html
Figura 3:http://grafar.blogspot.com.br/2007_11_04_archive.html
quinta-feira, 21 de março de 2013
sábado, 1 de setembro de 2012
A Bailarina
Esta menina
Cecília
Benevides
de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901,
na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do
casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando
ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta
Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:
"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.
(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.
Dois
anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias,
"Espectro". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas",
em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.
1953 - Agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi. Em Délhi - Índia.
1962 - Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
1963 - Ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Em 1965, após a sua morte e reconhecida e agraciada com o prêmio "Machado de Assis", pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão.
Fontes:
http://meirelescecilia.blogspot.com.br/
http://elfikurten.blogspot.com.br/2011/02/cecilia-meireles-poetiza-educadora.html
tão pequenina
quer ser bailarina.
—
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
—
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.
—–
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.
—-
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
—-
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
—-
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
—-
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.
Cecília Meireles

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.
(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.
Conclui
seus primeiros estudos — curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá,
ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro,
medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor".
Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em
1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo
Distrito Federal.

Em
1934, organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o
Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco,
no bairro de Botafogo.
Ganha inúmeros prêmios entre eles: A
concessão do Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras,
ao seu livro Viagem,
em 1939, resultou de animados debates, que tornaram manifesta a alta qualidade
de sua poesia.
1953 - Agraciada com o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi. Em Délhi - Índia.
1962 - Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
1963 - Ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.
Em 1965, após a sua morte e reconhecida e agraciada com o prêmio "Machado de Assis", pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão.
Fontes:
http://meirelescecilia.blogspot.com.br/
http://elfikurten.blogspot.com.br/2011/02/cecilia-meireles-poetiza-educadora.html
Foto de balé com Alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil - Bernadéte Schatz Costa
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Dia Nacional do Escritor
Escrever pode ser um passatempo, uma forma de
desabafo, uma manifestação artística e até mesmo uma profissão. A escrita tem
várias funções dentro da linguagem e o verdadeiro escritor é aquele que sabe
utilizar de cada uma destas funções para atingir seu objetivo, seja ele
informar ou encantar.

Além disso, os meios de comunicação virtual
publicam na íntegra e gratuitamente obras de vários autores. Em razão do mundo
virtual, jovens e crianças têm perdido o contato com os livros, passando grande
tempo na frente do computador ou da televisão. Com isso, o acesso ao mundo
letrado tem diminuído consideravelmente, e com ele as vendas dos artigos
literários.
Ler é importante para o desenvolvimento do
raciocínio, do aspecto crítico do leitor, criando novas opiniões e estimulando
a criatividade. Quando lemos, nos reportamos para outros lugares, como se
estivéssemos viajando no tempo e no espaço.
As riquezas literárias são muitas, podendo estar
divididas em textos científicos, que comprovam as teorias, e textos literários
do tipo romance, comédia, suspense, poemas, poesias, biografias, músicas,
novelas, obras de arte, histórias infantis, histórias em quadrinhos, dentre
vários outros.
Principais escritores brasileiros:

José de Alencar: representante da literatura nacional escreveu
Iracema, O Guarani e outras obras importantes.

Manuel Bandeira: além de poeta, Manuel Bandeira exerceu também
outras atividades: jornalista, redator de crônicas, tradutor e integrante da
Academia Brasileira de Letras.
Oswald de Andrade: escreveu romances, poesias, peças de teatro, ensaios e memórias.
Mario de Andrade: Professor, crítico, poeta, contista, romancista e
músico. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922.
Castro Alves: escreveu poesias na transição entre o romantismo e o parnasianismo, suas principais obras foram Navio Negreiro e Espumas Flutuantes.
Castro Alves: escreveu poesias na transição entre o romantismo e o parnasianismo, suas principais obras foram Navio Negreiro e Espumas Flutuantes.
Aluísio de Azevedo: Seus principais romances foram o
Mulato, O Cortiço e Casa de Pensão.

Mario Quintana: foi um importante escritor, jornalista e poeta.
Com um tom irônico, escreveu sobre as coisas simples da vida, porém buscando
sempre a perfeição técnica.
Monteiro Lobato: este notável escritor é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia estão lado a lado. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil.
Casimiro de Abreu: foi um importante poeta brasileiro da Segunda Geração Romântica. Autor de “Primaveras”, coleção de poesias de caráter melancólico e sentimental.

Parabéns a todos os escritores brasileiros!
Fontes: acessos em 25 de julho de 2012.
http://maringa.odiario.com/blogs/odiarionaescola/2012/07/25/25-de-julho-dia-do-escritor/
http://www.liumlivro.com/2011/01/livros-que-toda-garota-deve-ler.html
http://maringa.odiario.com/blogs/odiarionaescola/2012/07/25/25-de-julho-dia-do-escritor/
http://www.liumlivro.com/2011/01/livros-que-toda-garota-deve-ler.html
domingo, 22 de abril de 2012
Dia do Livro
Dia do livro
Apesar do surgimento de tantas
novas tecnologias, o livro ainda permanecerá muito tempo entre
nós, apesar de muitos alardearem sua futura
"aposentadoria".
Ele ainda é a forma mais
democrática e acessível de conhecimento, se considerarmos a população mundial
como um todo.
E, há lugar para todos,
felizmente! O dia-homenagem foi instituído pela UNESCO em 1996.
Ele é celebrado em cerca de 100 países, e mobiliza uma vasta rede
internacional de editores, livreiros, bibliotecários, associações de
autores, tradutores e muitos outros amigos da causa do livro e da leitura.
É importante que se tome
consciência dos benefícios econômicos, morais e cívicos da leitura, para que os indivíduos possam
engajar-se na luta por um mundo melhor. A escolha do dia deve-se ao fato que vários
escritores consagrados, como Miguel de Cervantes, William Shakespeare, Vladimir
Nabokov e Josep Pla, nasceram ou morreram em um 23 de abril. O acesso à herança cultural através do livro possibilita o
enraizamento do sujeito na comunidade, por dar-lhe suporte e coesão de
ideias.
O sentido comunitário do livro deve
ser visto como prioritário, principalmente na educação das crianças, futuros
cidadãos.
Como em toda construção, o livro é
um alicerce importantíssimo a formação de uma sociedade mais justa e
igualitária.
"O livro constitui
um meio fundamental para conhecer os valores, os saberes, o senso estético e a
imaginação humana.
Como vetores de criação, informação
e educação, permitem que cada cultura possa imprimir seus traços essenciais
e, ao mesmo tempo, ler a identidade de outras. Janela para a diversidade cultural e ponte entre as
civilizações, além do tempo e do espaço, o livro é ao mesmo tempo fonte de
diálogo, instrumento de intercâmbio e
semente do desenvolvimento".
Fonte: Unesco
quinta-feira, 29 de março de 2012
Bernadéte Costa: Março mês da poesia
Bernadéte Costa: Março mês da poesia: "Todas as coisas têm seu mistério, e a poesia é o mistério que todas as coisas têm." (García Lorca) O mês de março é um mês dedicado as...
quinta-feira, 22 de março de 2012
Março mês da poesia
"Todas
as coisas têm seu mistério, e a
poesia é o mistério que todas as coisas têm." (García Lorca)
poesia é o mistério que todas as coisas têm." (García Lorca)
O
mês de março é um mês dedicado as homenagens a poesia. No dia 14
de março comemoramos o dia nacional da poesia e no dia 21 o dia
mundial da poesia.

São
belíssimas as obras desse baiano, poeta do romantismo, que nasceu na
cidade de Muritiba, em 1847 e, faleceu em Salvador em 6 de julho de
1871. Os temas que Castro Alves mais se aprofunda são dois: o
lírico-amoroso, em que emprega a sensualidade dos nascidos em clima
tropical, apresentando poemas que se caracterizam pelo vigor da
paixão e, o social humanitário no qual o poeta se expressa com
eloquência épica, em poemas de luta pela liberdade e justiça.
Escreveu:
"Espumas
Flutuantes", escrita em 1870; "Gonzaga ou a Revolução em
Minas", (1875); "Cachoeira
de Paulo Afonso",
(1876); "Vozes,
D'África"
e "Navio
Negreiro",
(1880); "Os Escravos", (1883), etc. Em 1960 publicou-se sua
Obra Completa, enriquecida de peças que não figuram nas Obras
Completas de Castro Alves, editadas em 1921.
Já
o Dia
Mundial da Poesia
é celebrado em 21 de março. Foi criado na XXX
Conferência Geral da UNESCO em 16 de novembro de 1999. O
propósito deste dia é promover a leitura, escrita, publicação e
ensino da poesia através do mundo.
O
que é poesia?
Fazer
poesia é expressar sentimentos, emoções, pensamentos, ideias e
lutas. É declamar ou escrever poemas de forma a combinar palavras,
mexendo com o seu significado. É brincar com palavras, com o intuito
de apresentá-la não só com o seu significado, mas com seu
significante – diz CEREJA 1995. Assim, podemos ver formas e cores,
ouvir sons e, sentir cheiros e odores. Desta forma o poeta utiliza a
estrutura da mensagem para alcançar o íntimo do leitor. Poesia é
uma arte literária e, como arte, recria a realidade.
O
poeta Ferreira Gullar diz que o artista cria um outro mundo “mais
bonito ou mais intenso ou mais significativo ou mais ordenado – por
cima da realidade imediata”. Alguns pensadores dizem que a arte
literária nem sempre recria. É o caso de Aristóteles, filósofo
grego que afirmava: “a arte literária é mimese (imitação); é a
arte que imita pela palavra”.
A
poesia é caracterizada pelas muitas interferências de cada época.
Pois se encontra dentro de um contexto cultural e histórico.
A
título de curiosidade, o uso dos dois termos Poema e Poesia, para
efeito geral, considera-se que são sinônimos; mas para os
estudiosos na definição acadêmica, Poesia é o gênero de
composição poética e Poema é a obra deste gênero.
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/poesia/home.html
http://www.culturabrasil.org/navionegreiro.htm
http://www.sitedeliteratura.com/Litbras/diadapoesia.htm
http://www.galinhapulando.com/visualizar.php?idt=1585751
http://www.spectrumgothic.com.br/literatura/generos.htm
http://www.casadobruxo.com.br/poesia/c/castrobio.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Mundial_da_Poesia
Navio
Negreiro
Castro
Alves
'Stamos
em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
'Stamos
em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
'Stamos
em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
'Stamos
em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
Donde
vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
Bem
feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!
Oh!
que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!
Homens
do mar! ó rudes marinheiros,
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Tostados pelo sol dos quatro mundos!
Crianças que a procela acalentara
No berço destes pélagos profundos!
Esperai!
esperai! deixai que eu beba
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................
Esta selvagem, livre poesia
Orquestra — é o mar, que ruge pela proa,
E o vento, que nas cordas assobia...
..........................................................
Por
que foges assim, barco ligeiro?
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!
Por que foges do pávido poeta?
Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira
Que semelha no mar — doudo cometa!
Albatroz!
Albatroz! águia do oceano,
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
Tu que dormes das nuvens entre as gazas,
Sacode as penas, Leviathan do espaço,
Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas.
II
Que importa do nauta o berço,
Donde é filho, qual seu lar?
Ama a cadência do verso
Que lhe ensina o velho mar!
Cantai! que a morte é divina!
Resvala o brigue à bolina
Como golfinho veloz.
Presa ao mastro da mezena
Saudosa bandeira acena
As vagas que deixa após.
Do
Espanhol as cantilenas
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
Requebradas de langor,
Lembram as moças morenas,
As andaluzas em flor!
Da Itália o filho indolente
Canta Veneza dormente,
— Terra de amor e traição,
Ou do golfo no regaço
Relembra os versos de Tasso,
Junto às lavas do vulcão!
O
Inglês — marinheiro frio,
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Que ao nascer no mar se achou,
(Porque a Inglaterra é um navio,
Que Deus na Mancha ancorou),
Rijo entoa pátrias glórias,
Lembrando, orgulhoso, histórias
De Nelson e de Aboukir.. .
O Francês — predestinado —
Canta os louros do passado
E os loureiros do porvir!
Os
marinheiros Helenos,
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...
Que a vaga jônia criou,
Belos piratas morenos
Do mar que Ulisses cortou,
Homens que Fídias talhara,
Vão cantando em noite clara
Versos que Homero gemeu ...
Nautas de todas as plagas,
Vós sabeis achar nas vagas
As melodias do céu! ...
III
Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
Como o teu mergulhar no brigue voador!
Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
IV
Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras
mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!
E
ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...
Presa
nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!
No
entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."
E
ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
Quem
são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,
Musa libérrima, audaz!...
São
os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
São
mulheres desgraçadas,
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Como Agar o foi também.
Que sedentas, alquebradas,
De longe... bem longe vêm...
Trazendo com tíbios passos,
Filhos e algemas nos braços,
N'alma — lágrimas e fel...
Como Agar sofrendo tanto,
Que nem o leite de pranto
Têm que dar para Ismael.
Lá
nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...
Depois,
o areal extenso...
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Depois, o oceano de pó.
Depois no horizonte imenso
Desertos... desertos só...
E a fome, o cansaço, a sede...
Ai! quanto infeliz que cede,
E cai p'ra não mais s'erguer!...
Vaga um lugar na cadeia,
Mas o chacal sobre a areia
Acha um corpo que roer.
Ontem
a Serra Leoa,
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
A guerra, a caça ao leão,
O sono dormido à toa
Sob as tendas d'amplidão!
Hoje... o porão negro, fundo,
Infecto, apertado, imundo,
Tendo a peste por jaguar...
E o sono sempre cortado
Pelo arranco de um finado,
E o baque de um corpo ao mar...
Ontem
plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
Senhor
Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...
VI
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...
Auriverde
pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...
Fatalidade
atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
quarta-feira, 7 de março de 2012
Carlos Drummond e seu poema MULHER
MULHER
Para entender uma mulher
é preciso mais que deitar-se com ela…
Há de se ter mais sonhos e cartas na mesa
que se possa prever nossa vã pretensão…
Para possuir uma mulher
é preciso mais do que fazê-la sentir-se em êxtase
numa cama, em uma seda, com toda viril possibilidade… Há de se conseguir
fazê-la sorrir antes do próximo encontro
Para conhecer uma mulher, mais que em seu orgasmo, tem de ser mais que
amante perfeito…
Há de se ter o jeito certo ao sair, e
fazer da saudade e das lembranças, todo sorriso…
- O potente, o amante, o homem viril, são homens bons… bons homens de
abraços e passos firmes…
bons homens pra se contar histórias… Há, porém, o homem certo, de todo
instante: O de depois!
Para conquistar uma mulher,
mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,
e depois do amor um silêncio de cumplicidade…
e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.
É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café… Há que ser mulher,
por um triz e, então, ser feliz!
Para amar uma mulher, mais que entendê-la,
mais que conhecê-la, mais que possuí-la,
é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também
ser possuído e, ainda assim, também ser viril…
Para amar uma mulher, mais que tentar conquistá-la,
há de ser conquistado… todo tomado e, com um pouco de sorte, também ser
amado!”
Carlos Drummond de Andrade
Para entender uma mulher
é preciso mais que deitar-se com ela…
Há de se ter mais sonhos e cartas na mesa
que se possa prever nossa vã pretensão…
Para possuir uma mulher
é preciso mais do que fazê-la sentir-se em êxtase
numa cama, em uma seda, com toda viril possibilidade… Há de se conseguir
fazê-la sorrir antes do próximo encontro
Para conhecer uma mulher, mais que em seu orgasmo, tem de ser mais que
amante perfeito…
Há de se ter o jeito certo ao sair, e
fazer da saudade e das lembranças, todo sorriso…
- O potente, o amante, o homem viril, são homens bons… bons homens de
abraços e passos firmes…
bons homens pra se contar histórias… Há, porém, o homem certo, de todo
instante: O de depois!
Para conquistar uma mulher,
mais que ser este amante, há de se querer o amanhã,
e depois do amor um silêncio de cumplicidade…
e mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder.
É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café… Há que ser mulher,
por um triz e, então, ser feliz!
Para amar uma mulher, mais que entendê-la,
mais que conhecê-la, mais que possuí-la,
é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também
ser possuído e, ainda assim, também ser viril…
Para amar uma mulher, mais que tentar conquistá-la,
há de ser conquistado… todo tomado e, com um pouco de sorte, também ser
amado!”
Carlos Drummond de Andrade
Poeta, contista e cronista, Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. Vive toda a infância na fazenda dos pais. Estuda em Belo Horizonte e em Nova Friburgo (RJ). Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925, mas não exerce a profissão. Volta a Belo Horizonte, onde freqüenta as rodas literárias, assim começou sua carreira de escritor. Em 1926, entra para o jornalismo no Diário de Minas. Lança o primeiro livro, Alguma Poesia, em 1930. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.
O poeta trabalhava, principalmente com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e, sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. Mas a indignação pelas desigualdades sociais não lhe tira o profundo lirismo, o senso de humor e a emoção contida. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.
No dia 5 de agosto 1987, depois de dois meses de internação, falece sua filha Maria Julieta, vítima de câncer. "E assim vai-se indo a família Drummond de Andrade" - comenta o poeta. Com a idade avançada, após a morte da filha seu estado de saúde piora. Em 17 de agosto, falece o poeta.
Fontes: em 07/03/2012 - http://paralerepensar.com.br/drummond.htm,http://www.releituras.com/drummond_bio.asp,
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