domingo, 25 de agosto de 2013

O Poeta Simbolista


Cronologia da Vida do Poeta Catarinense Cruz e Sousa


1861
Nascimento do poeta em 24 de novembro, Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis. Filho do escravo mestre-pedreiro Guilherme e da escrava liberta, Carolina Eva da Conceição, negros puros.
1869
Ingresso na escola pública, depois de receber as primeiras letras de dona Clarinda Fagundes de Souza, mulher do marechal Ghilherme Xavier de Sousa, em cuja casa o poeta foi criado.
1871
Matrícula no Ateneu Providencial Catarinense, onde lecionava o alemão Fritz Müller. Cruz e Sousa estudou com distinção grego, latim, inglês, francês, português, matemática e ciências naturais.
1881
Fundação, com Virgílio Várzea e Santos Lostada, do jornal literário "Colombo". Viagem ao Rio Grande do Sul, de navio, acompanhado a Companhia Dramática Julieta dos Santos, como ponto teatral.
1884
Nova viagem ao Norte do país. Aclamações abolicionista ao poeta na Bahia. Em 1885 publica o livro de poemas em prosa "Tropos e Fantasias" em parceria com Virgílio Várzea. Dirige o jornal "O Moleque".
1888
No Rio, entra em contato com Luís Delfino, B. Lopes e Nestor Vítor. Este tornar-se mais tarde grande amigo, admirador e editor do poeta. Leituras de Edgar Allan Poe e de alguns simbolistas europeus.
1888
Abolição da escravatura. Durante estada no Rio, apresenta a José do Patrocínio um livro de versos chamado "Cambiantes", que não chegou a ser publicado. O livro continha poemas abolicionistas.
1890
Muda-se definitivamente para a capital federal, onde trabalha como noticiarista da revista "A Cidade do Rio de Janeiro". Leitura de Mallarmé. Colabora na "Revista Ilustrada" e no jornal "Novidades".
1898
Faleceu aos 36 anos, em 19 de março de 1898, vítima da agravamento do quadro de tuberculose..

Ironia de Lágrimas
Junto da morte é que floresce a vida!
Andamos rindo junto a sepultura.
A boca aberta, escancarada, escura
Da cova é como flor apodrecida.
A Morte lembra a estranha Margarida
Do nosso corpo, Fausto sem ventura…
Ela anda em torno a toda criatura
Numa dança macabra indefinida.
Vem revestida em suas negras sedas
E a marteladas lúgubres e tredas
Das Ilusões o eterno esquife prega.
E adeus caminhos vãos mundos risonhos!
Lá vem a loba que devora os sonhos,
Faminta, absconsa, imponderada cega!

Dica de livro de Cruz e Sousa: 
Edição monumental de 150.000 exemplares, do Governo do Estado de Santa catarina, em comemoração aos 110 anos de falecimento e ao traslado dos restos mortais de Cruz e Sousa para Santa Catarina. (2008)

Fontes:

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