É preciso amar
O fechar de cortinas já aconteceu. Agora iniciamos um novo espetáculo. As cortinas se abrem para o novo ano. Todos nós
somos convidados como atores desta encenação, que para muitos, tem 365 dias.
Ao nos prepararmos para o novo espetáculo, devemos entender que o ensaio é um exercício fundamental. Mas, sem nos prepararmos, muitas vezes nos deixamos levar pela horda de más intenções e pessimismos, cujas influencias nos
manipulam.
Entramos no inicio do ato, só pensando e querendo os aplausos. O que é esse desejo, se não a fugacidade do ego inflado? Quantos de nós vivemos um engano? Ainda saboreamos os festejos natalinos e do Reveillon. Só nestas ocasiões pensamos que não precisamos olhar só para nossos umbigos, mas para a necessidade do outro. Ignoramos que o outro precisa de nós todos os dias do ano que acaba de iniciar.
Entramos no inicio do ato, só pensando e querendo os aplausos. O que é esse desejo, se não a fugacidade do ego inflado? Quantos de nós vivemos um engano? Ainda saboreamos os festejos natalinos e do Reveillon. Só nestas ocasiões pensamos que não precisamos olhar só para nossos umbigos, mas para a necessidade do outro. Ignoramos que o outro precisa de nós todos os dias do ano que acaba de iniciar.
Vivemos numa sociedade de consumo, de necessidades
materiais, competição. Achamos que somos reis, mas moramos em tonéis de
vícios. Ou, vivemos enjaulados em arranha-céus, fugindo do convívio, tendo medo
das ruas, do outro e, tendo na própria mente as correntes que nos aprisionam.
Quantos de nós somos pobres na riqueza e mortos na vida?
A Terra gira em torno dela mesma e, o homem em torno
de sua hipocrisia. Esquecemos que envelhecemos e vivemos como se fossemos
eternos. É imperativo fazer-nos espíritos inquietos, cuja
alma se eleve na dinâmica do viver.
É preciso amar! Amar acima de tudo e, no amor não
nos iludirmos, pois no amor também há censura. E mesmo no amor a alma adoece.
Todavia, é preciso amar, enfrentar a mediocridade e ir além... Buscar no amor a
doçura dos encontros, das trocas, do convívio. É preciso amar, não como homem, mas como ser
humano.
Ao ser humano é possível reinventar, é possível
mudar. E efetivamente mudamos, não somos hoje o que fomos ontem, em essência e
em matéria, pois nossas células se renovam diariamente.
Nesta abertura de ato, é necessário resgatar o entusiasmo,
viver e respirar a nós mesmos. Sairmos do casulo e andar pelas ruas, abrirmos a
mente para o novo, rompendo as amarras que nos atrelam ao cárcere do medo, da
violência, da hipocrisia, da mediocridade, do perverso.
O ano começa, a cortina se abre. Temos a nossa frente um novo ato, e nele poderemos
ir além, levando no coração todo o aprendizado do percurso. Em essência: “o amor”!
Bernadéte
Costa
Escrito 28 de dezembro de 2015.
Artigo publicado no jornaç A Notícia em 13 de janeiro de 2016.
Escrito 28 de dezembro de 2015.
Artigo publicado no jornaç A Notícia em 13 de janeiro de 2016.