Escultores de palavras
Por Bernadéte Schatz Costa
Escrevo para felicitar os
artistas das letras, os jovens criativos, os veteranos amantes da literatura.
Escrevo para homenagear todos os escritores - os escultores de palavras! Sintam-se
lembrados aqueles que fazem da leitura um hábito e nela se alicerçam para
multiplicar, numa ação progressiva, a escrita.
Diz-se que a escrita é um ato
solitário, assim como a leitura, mas ambas se completam, como o sol e a lua. Em
analogia, podemos dizer que de dia o escritor luta ao sol para mostrar suas
obras e, no silêncio da noite, à luz da lua, deixa sobre o papel as
elucubrações diárias. Neste ciclo, se apropria da leitura e da escrita, para
içar seus sentimentos e inspirações.
O ofício de escrever, que nasce
solitário, torna-se forte quando escritores juntam-se em Academias, Confrarias
e Associações. Como gravetos que amarados em feixe são inquebráveis, estes três
movimentos literários ligam pessoas a mesma causa tornando possível
revolucionar, em Joinville, a área literária.
A união dos 60 escritores
integrantes da Associação das Letras, que iniciou sua atividade em 18 de maio
de 2012, faz com que a literatura, em Joinville, ganhe força possibilitando a
execução de projetos e ações de fomento artístico-cultural à leitura e ao
livro. Esta ideia agora se agiganta, rompe fronteiras conquista membros de
outras cidades e estados.
Um exemplo positivo de trabalho
conjunto aconteceu em 1960, após o I Festival do Escritor Brasileiro promovido
pela União Brasileira de Escritores – UBE, com a criação do Dia Nacional do Escritor
– em 25 de julho, para celebrar a relevância do profissional das letras.
Após quase 55 anos desta
iniciativa, formulou-se o Plano Nacional do Livro e Leitura – PNLL. Neste
percurso, necessitamos incluir os que ainda não alcançam a palavra escrita.
Escritores, muitos são os
desafios a ser superados, até chegarmos à clareira da contemporaneidade, para
que, novas políticas de incentivo à escrita e produção textual/literária sejam
concretizadas.
O caminho é longo e sendo a caminhada
lenta, insistiremos na arte de escrever contos, crônicas, romances e poemas.
Parabéns aos escultores de
palavras!
Fonte: Jornal A Notícia (edição 25 e 26 de julho 2015 - Opinião 7